domingo, 21 de agosto de 2011

CEGOS DE NASCENÇA.

                    O ser humano tentando entender Deus é como um cego de nascença tentando entender o fogo. Para o cego faltam sentidos e referencias para compreender o fogo. Para o homem faltam sentidos, referencias e inteligência para compreender a grandeza que arquitetou e rege as leis físicas, químicas, biológicas, quânticas do universo.
Somos apenas uma célula na formação do universo. Movida por uma “energia inteligente” que alguns chamam de espírito querendo compreender o todo. Somos uma gota de água querendo compreender o oceano. Somos como um microscópico verme intestinal tentando compreender a inteligência do nosso hospedeiro. Somos a mínima parte achando que podemos compreender ou até superar o todo.
                Infelizmente nos falta humildade para percebermos como somos pequenos e medíocre, vivendo em um planetinha comparado aos trilhões de estrelas de uma pequenina galáxia em relação aos 100 bilhões de galáxias que estimamos existir através da nossa ainda pobre ciência, que se julga dona do saber e das grandes criações.
              A bíblia nada mais é do que uma tentativa de traduzir uma verdade suprema e elevadíssima para uma sociedade primitiva que viveu á 2000 anos. Para se fazer compreender foi preciso  um vocabulário bem simples e rude de acordo com o entendimento na época, usar poesias, parábolas, historinhas de Adão e Eva para que pudessem ser assimilada pelas mentalidades limitada, cheia de preconceitos, orgulho, egoísmo e vaidades. Infelizmente hoje nem todos são capazes de “traduzir” as verdades que foram escritas de forma simbólica. Hoje chega a ser piegas, ridículo e brega tudo que se lê na Bíblia e em qualquer escritura dita sagrada dos povos antigos. O problema esta em nós. Na nossa incapacidade de perceber a nossa pequenez e limitações para compreender o mecanismo que movem o universo e a vida.
            Deus não castiga ninguém. Nós é que não prestamos atenção na existência da lei universal de causa e efeito. Para tudo existe uma causa. E para toda causa existe um efeito. Nossos atos geram conseqüências futuras. Atos negativos geram conseqüências negativas, atos positivos geram consequências positivas. E somos mais propensos aos atos negativos, daí se explica o caus que hoje vemos a humanidade.
           Nada no universo desaparece. Os átomos que compõem nosso corpo estão presentes na Terra e no Universo desde a sua formação (do pó viemos ao pó voltaremos). Um dia estes átomos retornarão a sua origem formando outros seres. No mundo nada se destrói tudo se transforma. Da mesma forma a energia que compõe a nossa mente e nossa inteligência não poderá desaparecer com nossa morte. Ela continuará existindo por toda a eternidade, somos parte de um todo, e não uma individualidade no UNIVERSO.
          E da mesma forma que todas as energias do universo buscam o equilíbrio, a estabilização e a perfeição, nossa energia mental (o espírito) não é diferente, continuará existindo em busca do equilíbrio e da evolução através da sabedoria e da transformação moral-espiritual. Para atingirmos a superiorideda precisamos vivenciar e nos transformar. De nada adiante o conhecimento sem vivencia e prática. É para isto que existe a vida, ou as vidas que iremos animar pela eternidade, não só no planeta Terra, mas em outros sistemas com vida equivalente ao nosso nível evolutivo.
        Temos o livre arbítrio. Fazemos nossas escolhas livremente e pagamos o preço pelas escolhas feitas e na maioria das vezes pagamos caro!!! Todos nós temos liberdade de acreditarmos em um modelo de realidade, Ou de ver a vida pela janela que nos seja mais favorável e ou agradável!!!
Se a verdade universal fosse um ELEFANTE, a humanidade seria formada por grupos de cegos que em conjunto e através do tato tentariam descobrir e descrever esse elefante para os demais. Dependendo da posição em que se encontram cada um dos grupos o elefante pareceria uma coisa diferente.
       Temos dois grandes grupos tentando compreender este elefante que é a verdade universal.
Um é o grupo formado pelas ciências.
O outro é o grupo formado pelas religiões.
Todos falam da mesma coisa, só que de forma diferente.
Ninguém tem a verdade absoluta, pois todos possuem apenas um fragmento da verdade.
Somente com a união da humanidade, de todas as ciências e religiões que poderemos um dia montar o grande quebra cabeça que é a verdade universal, a inteligência que foi a causa de tudo que conhecemos.                                                               ANGELA SILVA.

 
        Contam que, uma vez, se reuniram os sentimentos e qualidades dos seres humano em um lugar da terra.
Quando o ABORRECIMENTO havia reclamado pela terceira vez, a LOUCURA, como sempre tão louca, lhes propôs:
- Vamos brincar de esconde-esconde?
A INTRIGA levantou a sobrancelha intrigada e a CURIOSIDADE, sem poder conter-se, perguntou: Esconde-esconde? Como é isso?
- É um jogo, explicou a LOUCURA, em que eu fecho os olhos e começo a contar de um a um milhão enquanto vocês se escondem, e quando eu tiver terminado de contar, o primeiro de vocês que eu encontrar ocupará meu lugar para continuar o jogo. O ENTUSIASMO dançou seguido pela EUFORIA.
A ALEGRIA deu tantos saltos que acabou convencendo a DÚVIDA e até mesmo a APATIA, que nunca se interessava por nada.
Mas nem todos quiseram participar.
A VERDADE preferiu não esconder-se, para quê? Se no final todos a encontravam?
A SOBERBA opinou que era um jogo muito tonto (no fundo o que a incomodava era que a idéia não tivesse sido dela) e a COVARDIA preferiu não arriscar-se.
- Um, dois, três, quatro... - começou a contar a LOUCURA.
A primeira a esconder-se foi a PRESSA, que como sempre caiu atrás da primeira pedra do caminho.
A FÉ subiu ao céu e a INVEJA se escondeu atrás da sombra do TRIUNFO, que com seu próprio esforço, tinha conseguido subir na copa da árvore mais alta.
A GENEROSIDADE quase não consegue esconder-se, pois cada local que encontrava lhe parecia maravilhoso para algum de seus amigos - se era um lago cristalino, ideal para a BELEZA; se era a copa de uma árvore, perfeito para a TIMIDEZ; se era o voo de uma borboleta, o melhor para a VOLÚPIA; se era uma rajada de vento, magnífico para a LIBERDADE. E assim, acabou escondendo-se em um raio de sol.
O EGOÍSMO, ao contrário, encontrou um local muito bom desde o início. Ventilado, cômodo, mas apenas para ele.
A MENTIRA escondeu-se no fundo do oceano (mentira, na realidade, escondeu-se atrás do arco-íris), e a PAIXÃO e o DESEJO, no centro dos vulcões.
O ESQUECIMENTO, não recordo-me onde escondeu-se, mas isso não é o mais importante.
Quando a LOUCURA estava lá pelo 999.999, o AMOR ainda não havia encontrado um local para esconder-se, pois todos já estavam ocupados, até que encontrou um roseiral e, carinhosamente, decidiu esconder-se entre suas flores.
- Um milhão - contou a LOUCURA, e começou a busca.
A primeira a aparecer foi a PRESSA, apenas a três passos de uma pedra. Depois, escutou-se a FÉ discutindo com Deus no céu sobre zoologia.
Sentiu-se vibrar a PAIXÃO e o DESEJO nos vulcões.
Em um descuido encontrou a INVEJA, e claro, pode deduzir onde estava o TRIUNFO.
O EGOÍSMO, não teve nem que procurá-lo. Ele sozinho saiu disparado de seu esconderijo, que na verdade era um ninho de vespas.
De tanto caminhar, a LOUCURA sentiu sede, e ao aproximar-se de um lago descobriu a BELEZA.
A DÚVIDA foi mais fácil ainda, pois a encontrou sentada sobre uma cerca sem decidir de que lado esconder-se.
E assim foi encontrando a todos.
O TALENTO entre a erva fresca; a ANGÚSTIA em uma cova escura;
a MENTIRA atrás do arco-íris (mentira, estava no fundo do oceano);
e até o ESQUECIMENTO, a quem já havia esquecido que estava brincando de esconde-esconde.
Apenas o AMOR não aparecia em nenhum local.
A LOUCURA procurou atrás de cada árvore, em baixo de cada rocha do planeta, e em cima das montanhas.
Quando estava a ponto de dar-se por vencida, encontrou um roseiral.
Pegou uma forquilha e começou a mover os ramos, quando no mesmo instante, escutou-se um doloroso grito.
Os espinhos tinham ferido o AMOR nos olhos.
A LOUCURA não sabia o que fazer para desculpar-se chorou, rezou, implorou, pediu perdão e até prometeu ser seu guia.
Desde então, desde que pela primeira vez se brincou de esconde-esconde na terra: O AMOR é cego e a LOUCURA sempre o acompanha.

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